A empresa cordobana Abei Energy concorre para liderar a energia eólica offshore na Espanha contra gigantes como Cobra (do grupo Vinci), Ferrovial, IberBlue e Iberdrola. Apresentou sete projetos de 2.935 megawatts (MW) de potência ao Ministério da Transição Ecológica, o que se traduz num investimento próximo de 8 bilhões a preços correntes de mercado.
As propostas da Andaluzia já excedem em capacidade as de Ferrovial (2.715 MW) e Cobra (2.900 MW). Hasta ahora ambas compañías lideraban la parrilla de salida en la carrera de eólica marina en España, que comenzará en los próximos años, a la espera de que se defina la normativa que regulará su despliegue y de las subastas con las que se adjudicará la construcción de os parques.
O projeto de energia eólica no mar “Neptuno”, localizado em Málaga, é o compromisso mais ambicioso e recente da Abei Energy, com uma capacidade de 1.005 MW. No entanto, eles são os Costa de Lugo aqueles que geram mais interesse para a empresa. Aí pretende construir 1.530 MW, com os parques “Poniente I e II” (435 MW e 495 MW, respetivamente) e o projeto “Ventus” (600 MW).
É um local que Ferrovial, Cobra e Iberdrola também estão de olho. A Cobra está a planear uma das suas maiores instalações (“Galwind”) na província galega, uma central marítima flutuante com capacidade de 1.000 MW e localizada a norte do Cabo Estaca de Bares. A Ferrovial pretende construir o parque “Celta II” (495 MW) em Lugo e a Iberdrola o projecto “San Cibrao” (490 MW).
As quatro empresas também querem trazer suas instalações para Grã-Canária. A Abei Energy tem três parques planejados na ilha, dois de cerca de 50 MW cada e um de 300 MW. A subsidiária Vinci possui quatro usinas de 50 MW e outras duas de 250 MW, a Ferrovial uma de 195 MW e a elétrica presidida por Ignacio Galán outra de 238 MW.
Abei Energia é uma produtor independente de energia (IPP) que gerencia projetos de geração de energia elétrica a partir de fontes renováveis de energia fotovoltaica, solar térmica, biomassa, eólica e hidrelétrica.
Leilões offshore
Em Fevereiro, o Conselho de Ministros aprovou o Planos de Gestão do Espaço Marítimo (POEM)que delimitam o espaço marinho para instalação de energia eólica, entre outras coisas.
A intenção do Ministério da Transição Ecológica era lançar no primeiro semestre deste 2023 o primeiro leilão desta tecnologia, mas o avanço das eleições deixou no tinteiro algumas das principais atribuições do Governo neste exercício.