Ribera apela ao setor privado para reforma do mercado

A vice-presidente interina de Transição Ecológica, Teresa Ribera, e a secretária de Estado da Energia, Sara Aagesen, realizaram na passada segunda-feira uma reunião – que não constava da agenda oficial – para abordar alguns dos pontos mais delicados que estão a ocorrer no sector da energia e actualizar os diferentes graus de progresso em iniciativas como a reforma do mercado grossista de electricidade.

Na agência oficial Ribera houve apenas uma reunião para discutir o acordo-quadro para a transição justa da mineração de carvão, mas as associações patronais Aelec, AEE, Unef, Appa, Sedigas, AOP, Asealen, Aepibal, Gasnam, Cide e Aseme, o que significa mais uma vez que o Governo deixou de fora uma parte das associações do sector.

Ao longo desta reunião, segundo fontes ouvidas por este jornal, o Governo abordou a necessidade de reforma do mercado para evitar cenários de preço zero ou conseguir mercados de capacidade para poder fazer face à delicada situação em que se encontram algumas centrais de gás de ciclo combinado.

O Governo espera conseguir uma orientação geral sobre a Directiva de Eficiência Energética durante a presidência, aprovar o pacote relativo ao gás natural e ao hidrogénio antes do final do ano e avançar acordos sobre a regulamentação do metano.

Da mesma forma, foram revistos o nível de progresso nas interconexões de eletricidade e gás e o progresso no RepowerEU.

O Governo foi também sensível ao problema do alegado dumping chinês na energia eólica ou aos efeitos da Lei de Redução da Inflação dos EUA no sector, bem como ao impacto da queda dos preços dos painéis solares.

O sector, por sua vez, transmitiu ao Governo a sua preocupação com a implantação de energias renováveis ​​antes de 2025 e a possibilidade de modificar o marco final devido ao impacto que isso pode ter na cadeia de abastecimento ou a criação de um sistema que permita minimizar o risco de sobreinstalação.

Estes pedidos, aliás, fazem parte das mais de 300 denúncias que o Ministério tem recebido sobre o conteúdo do Plano Nacional Integrado de Energia e Clima em que, como este jornal já anunciou, é posta em causa a capacidade de cumprimento dos requisitos. • objectivos para instalações de produção de energias renováveis, o risco representado pelas descargas ou o ritmo do progresso na electrificação para aumentar a procura.

A vice-presidente também aproveitou o encontro para informar o setor sobre o evento que está preparando junto à Agência Internacional de Energia para o próximo dia 2 de outubro para tentar avançar na criação de uma grande aliança para manter o aumento da temperatura global em 1,5º. Segundo indicaram, está a ser organizado para 29 de setembro um encontro prévio com empresas do setor com a colaboração do Clube Espanhol de Energia.

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